domingo, 26 de julho de 2009

Pensamentozinho

Muito tempo longe do lugar chamado de casa, ainda que eu não tenha mais uma casa propriamente dita, dá uma sensação estranha. Por que pensar em voltar para casa não é mais voltar par o lugar de onde eu saí na manhã nublada de 1º de junho. O lugar de onde eu tenho saudade não existe mais. Preciso me conscientizar disso. E não falo da minha ex-casinha física apenas.
Ainda tem muita mudança pela frente. Novo estado, nova cidade, nova casa. A nova profissão está sendo adquirida. Algumas coisas não assustam mais. Gosto bem dessa nova profissão. É full time, 24 horas à disposição. Não tem não sei, não quero, não gosto. Acho que isso tem a ver comigo. E também não tem hora extra. Hm.

2 comentários:

Ila Fox disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ila Fox disse...

Logo que cheguei em BH, sem conhecer nada, sem meus antigos móveis, casa, ruas, amigos, me prendi - igual a um sobrevivente de naufrágio se agarra à boia - à minhas memórias de Londrina.

E de tanto pensar nisso, entrei num momento de recolhimento. É a época em que não me importo se a sala tá uma bagunça, se o banheiro esta juntando cabelo no ralo, se a louça está acumulando.

Fico andando pela casa, descalça, como quem não está aqui, pois estou mesmo é mais encima, revirando os sótãos de minha memória. Abro arquivos de fotos, vejo, relembro, abro meus diários, folheio. Fico uma eternidade olhando o passarinho ali fora, sem vê-lo, mas vejo as rolinhas que vinham comer no quintal de casa com clareza de passar a mão.

Mas foi Darwin, não eu, que disse a maior verdade de todos os tempos: "só o bem adaptado sobrevive", de modos que eu aqui vou me adaptar. E o resto é a vida que segue. ;-)