Muito tempo longe do lugar chamado de casa, ainda que eu não tenha mais uma casa propriamente dita, dá uma sensação estranha. Por que pensar em voltar para casa não é mais voltar par o lugar de onde eu saí na manhã nublada de 1º de junho. O lugar de onde eu tenho saudade não existe mais. Preciso me conscientizar disso. E não falo da minha ex-casinha física apenas.
Ainda tem muita mudança pela frente. Novo estado, nova cidade, nova casa. A nova profissão está sendo adquirida. Algumas coisas não assustam mais. Gosto bem dessa nova profissão. É full time, 24 horas à disposição. Não tem não sei, não quero, não gosto. Acho que isso tem a ver comigo. E também não tem hora extra. Hm.
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2 comentários:
Logo que cheguei em BH, sem conhecer nada, sem meus antigos móveis, casa, ruas, amigos, me prendi - igual a um sobrevivente de naufrágio se agarra à boia - à minhas memórias de Londrina.
E de tanto pensar nisso, entrei num momento de recolhimento. É a época em que não me importo se a sala tá uma bagunça, se o banheiro esta juntando cabelo no ralo, se a louça está acumulando.
Fico andando pela casa, descalça, como quem não está aqui, pois estou mesmo é mais encima, revirando os sótãos de minha memória. Abro arquivos de fotos, vejo, relembro, abro meus diários, folheio. Fico uma eternidade olhando o passarinho ali fora, sem vê-lo, mas vejo as rolinhas que vinham comer no quintal de casa com clareza de passar a mão.
Mas foi Darwin, não eu, que disse a maior verdade de todos os tempos: "só o bem adaptado sobrevive", de modos que eu aqui vou me adaptar. E o resto é a vida que segue. ;-)
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